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Quando se deve mudar a identidade visual de uma empresa? Especialistas indicam que isso é adequado e eficiente para informar ao mercado que a empresa está se modernizando, ou quando deseja se reposicionar, demonstrar alguma mudança importante, ou uma evolução significativa.
Reconheço que meu histórico como engenheiro me fez dar muito pouca importância a esta questão. Identidade visual era para mim uma frescura.
Até que alguém me deu, sutilmente, uma opinião de que talvez fosse adequado pensar de forma mais profissional neste assunto, contratar alguém de mercado, ao invés de produzir isso internamente e de forma amadora.
Está aí embaixo a prova de como fizemos isso de forma amadora, ou se você preferir, nas coxas. Essa foi a nossa primeira logomarca, que acompanhou a empresa por mais tempo do que eu gostaria de registrar.
Ela é totalmente indefensável sob qualquer olhar mais preciso. Não precisa nem ser especialista no assunto.
Você percebe isso claramente após a troca. Quando o elogio vem com uma pitada de sinceridade. Algo parecido com alguém que usa um cabelo muito comprido e pintado em três cores diferentes. Num belo dia você resolve cortar o cabelo curto e deixar ele na cor natural e todos elogiam, com algo do tipo
- Nossa, ficou muito bom. Aquele cabelo que você usava ninguém merece!
Pois é, escutamos muito isso na época. Os elogios mais refinados diziam que enfim tínhamos uma logomarca mais apropriada ao porte e realidade da empresa.
Que bom que a gente aprende e evolui. Hoje eu realmente tenho vergonha daquela logo, mas ela foi feita quando éramos uma startup, sem grana, sem conhecimento, algo que hoje não cola nem com Super Bonder.
Um case que me foi citado quando recebi essa dica sutil foi o da Havaianas. A empresa que antes era conhecida por ter um produto popular que “Não deforma, não solta as tiras, e não tem cheiro”, se repaginou. Virou de produto popular e commodity, para um produto sofisticado e objeto de desejo.
Ir de uma marca consumida em sua imensa maioria por quem era pobre (ou classe E e D, se preferir), para um produto usado por modelos e celebridades, é mais que uma troca de identidade visual, é um reposicionamento geral da empresa, da marca e do produto.
O ponto é que não adianta reposicionar o produto e a empresa sem comunicar isso de uma forma eficiente, e nisso a troca da logomarca entre outros vários cuidados, é fundamental.
Recebida a dica, contratamos um serviço profissional, e aí nasceu nossa segunda logo, que nos acompanhou até 2018.
Como já disse, essa logo foi muito elogiada. Grande parte em razão da ruindade da sua predecessora, mas foi uma boa logo, que ajudou a pavimentar nosso nome no mercado.
Abaixo a nossa segunda logo, que ainda está em uso, no momento que escrevo este post, por exemplo, no nosso site, que está passando por uma reformulação; Em breve teremos o novo site, adequado à atualização de nossa identidade visual.
Com a computação em nuvem surgiram novos paradigmas de tecnologia e entramos na era da usabilidade. Não há novidade em trocar de tecnologia, e estamos fazendo isso mais uma vez. O novo é centrar o desenvolvimento na experiência do usuário, então além de abraçarmos novas ferramentas de desenvolvimento, novas linguagens, abraçamos também o UX (User Experience).
Aí veio a segunda dica. Para comunicar isso ao mercado, é recomendável atualizar a identidade visual. Isso passa também por atualizar a logomarca. E novamente contratamos um serviço profissional que desenhou nossa logo atual.
A figura abaixo ilustra nossa nova logomarca.
Aproveitamos as comemorações de fim de ano e fizemos camisetas com a nova logomarca, para reforçar ao nosso time que estamos em processo de mudança, evoluindo com o mercado. Abaixo uma foto tirada em nossa comemoração com os colaboradores da Signa vestindo a camisa, no sentido literal e figurado.
Como a única certeza que temos atualmente é que tudo muda, e vai continuar mudando. Nos resta criar um ambiente que abrace essa verdade e aprenda a lidar com ela de uma forma saudável.
Bem-vinda seja a década de vinte.
Nuno Figueiredo
Engenheiro Eletrônico formado pela Mauá, MBA em Gestão Empresarial pela FGV, é um dos fundadores da Signa, onde atua desde 95. Entre outros defeitos, jogou rúgbi na faculdade, pratica boxe e torce pelo Palmeiras.
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