25 anos, e quem está contando?

Meu pai me dizia sempre: “Quem corre por gosto não se cansa”.

Inevitável me lembrar disso no momento que a Signa está fazendo 25 anos de história.

Eu conheci o Henri Coelho no BFB (Banco Francês e Brasileiro), em janeiro de 93. Nós éramos engenheiros eletrônicos recém formados, ambos iniciamos no BFB no PROFAN (Programa de Formação de Analistas). Iniciamos a carreira de Analista de Sistemas programando para Mainframe (computador de grande porte).

Quando iniciamos no BFB já diziam que o Mainframe iria morrer. Nossa vontade de aprender novas tecnologias nos fez iniciar estudos e projetos, que quase três anos depois iriam gerar a Signa.

A Signa tem no seu contrato social o nascimento em novembro de 95. Nós comemoramos o aniversário em 18 de agosto, porque foi nesse dia que eu apresentei minha carta de demissão no BFB, abri mão de uma carreira numa multinacional francesa para empreender.

Em dezembro do mesmo ano, o Henri fez a mesma sandice. Acho que a gente não imaginava que isso seria o início de uma jornada que já chegou aos 25 anos.

Henri Coelho e Nuno Figueiredo

Dois caras, dois computadores, muitas ideias, pouco juízo, pouco capital, muita energia e brilho nos olhos. Esse foi o começo. Não tínhamos ideia que tipo de mercado iríamos atender, como venderíamos os serviços, nem como estruturar a empresa. Enfim, colocamos o carro na estrada e fomos acertando o rumo no meio do caminho.

Da direita para a esquerda Deiverson Flausino, Antônio Gomes Jr, Consultor Marcos Fleming, Angélica Tessaroto (sentada) e Liria Shimabukuro

O Antônio foi o primeiro colaborador que nós contratamos, em 96. Na verdade ele começou como estagiário. Ele saiu da Signa depois de nos apoiar por longos 15 anos. Temos contato até hoje, tomamos vinho juntos de vez em quando. Também trocamos algumas besteiras por Zap.

A Liria era Analista de Sistemas Sênior no mesmo BFB. Depois de três meses de trainee entrei num departamento, e a Liria estava lá para me ajudar a dar os primeiros passos como programador.

O BFB foi vendido para o Itaú em 95. Foi a chance de convidar a Liria para nos ajudar na Signa, onde ela iniciou em julho de 99. Como todo o começo é difícil, não tínhamos dinheiro para contratar gente com experiência. Todos entravam como estagiários e iam sendo formados. Um processo lento, porém, eficaz. O crescimento da empresa começava a demandar mais experiência e a Liria nos ajudou a pôr mais senioridade nos nossos trabalhos.

Ela está conosco desde essa época. Nem eu nem a Liria achávamos que esse combinado ia durar tanto. Lembro que eu liguei para ela e disse algo como, “já que você está à toa, vem para cá nos ajudar”. Temos a honra de contar, até hoje, com a sua experiência e dedicação.

Da esquerda para a direita: Marina, Anderson, Hamilton, Ana, Edson, João, André Idalgo, Diego, Angélica, Antônio, André, Henri, Deiverson e Nuno

Contratar gente sem experiência e gente muito nova era o nosso dia a dia. Muitos colaboradores tiveram na Signa a sua primeira experiência profissional. Alguns foram para o mercado, tenho certeza que a Signa contribuiu para serem bons profissionais. Nossa vocação de empresa/escola sempre foi muito forte.

Principalmente nos nossos primeiros anos, nossas jornadas de trabalho eram insanas. Muito cedo quem entrava ou pegava o ritmo ou caia fora rapidamente. Não era lugar para gente sem brilho nos olhos (acho que é ainda é assim até hoje).

Nosso primeiro time foi composto pela Liria, Antônio, Angélica e Deiverson. O nosso quarteto fantástico. Exceção à Liria, nós formamos do zero os demais. Eles cresceram, ganharam conhecimento e nos ajudaram a formar os que vieram depois.

O Deiverson tinha sido nosso usuário na primeira transportadora que atendemos. Quando essa empresa fechou as portas, ele veio para a Signa, em agosto de 2001, e está aqui até hoje, vai completar em breve 19 anos de Signa. Ele foi o primeiro colaborador que executou testes de software na Signa. Atualmente lidera várias equipes no atendimento à nossa solução rodoviária.

A Angélica começou como estagiária em agosto de 98, mas ela me pediu para não contar a quantos anos ela está na Signa. De estagiária a programadora, ela virou analista e atualmente lidera a equipe que atende a Aliança.

E nessa jornada levamos o nome da empresa aos quatro cantos do país. Posso dizer que de carro e de avião conheci grande parte do Brasil levando a bandeira da Signa. Uma parte dessas viagens de carro fiz com o Fleming, que nos apoiou na Signa durante algum tempo. O Fleming nos indicou inclusive o Jônatas Filgueiras, nosso gerente comercial, que está conosco desde abril de 2004. Desde essa época ele reclama que eu não o deixo falar durante uma apresentação comercial.

Stand da Signa na Fenatran em 2005: comemorando dez anos

Stand da Signa na Fenatran em 2007

Stand da Fenatran em 2007: Henri, Nuno e o Consultor Fleming

Henri Coelho, Fábio Rodrigues da Controlway, Jônatas Filgueiras, Nuno Figueiredo, Reinaldo Barreto da Rodorei e o Consultor Marcos Fleming

Colaboradores da Signa comemorando o encerramento da Fenatran

E quando o assunto é futebol não tem conversa. O Henri tem o mau gosto de ser corintiano. Eu salvo a pátria torcendo para o Palmeiras. Sempre que um desses times ganha algum campeonato, a galera faz uma foto comemorativa. Obviamente eu escolhi uma foto do Palmeiras, as outras fiz questão de ignorar.

Comemorando na Signa a Copa do Brasil de 2012 do Palmeiras.

O ponto básico e fundamental desta jornada pode se resumir nas pessoas incríveis que encontramos pelo caminho, que resolveram sonhar conosco e entraram no nosso projeto de fazer da Signa uma referência em sistemas para transportes e logística.

Grande parte desses colaboradores, que ficaram vários anos conosco e hoje estão no mercado, deixaram muitas e boas lembranças. A eles agradeço a contribuição.

E não poderia deixar de ressaltar todos os que aqui estão, principalmente os mais longevos. Eu costumo dizer que a Signa deve ser um bom lugar para trabalhar porque temos vários exemplos de pessoas que ficaram alguns anos por aqui, foram para o mercado, e retornaram à Signa.

É o caso do André Idalgo, que começou conosco como programador em setembro de 2001. Ele saiu em dezembro de 2003. Alguns anos mais tarde resolvemos abrir uma fábrica de software em São José dos Campos. O Idalgo mora lá e foi a escolha certa para ser o gestor da filial. Ele assumiu essa responsabilidade em abril de 2008, parece que foi ontem, mas já se vão 12 anos desde que abrimos a filial.

Outro exemplo é o Eduardo Vasconcelos. Ele entrou na Signa em 2003 no nosso departamento de qualidade. Permaneceu dois anos conosco, foi para o mercado, e prodigamente retornou à casa em novembro de 2005 e está perto de completar 15 anos conosco. Hoje ele lidera o time que atende o armador Log-in.

Aliás, iniciar no suporte e teste de software parece ser uma mania entre os nossos gestores. O Saulo Silva é outro exemplo. Ele iniciou na Qualidade em janeiro de 2010. Virou analista e hoje lidera o time que atende o armador Mercosul Line.

A Signa sempre foi, e ainda é, uma empresa essencialmente técnica. Não tem dois anos que resolvemos criar uma área de Sucesso do Cliente e aumentar o Comercial. Isto se reflete na nossa pequena área administrativa. Durante muitos anos tivemos apenas a Ana Galdino, que está conosco desde fevereiro de 2002, operando em modo multitarefa, certamente uma das pessoas mais queridas da empresa.

Acho que a força de qualquer empresa, principalmente a de serviços, está nas pessoas que a representam. Acho que tanta gente boa não se junta por acaso, e nunca por tanto tempo. Deus nos abençoa todos os anos dessa estrada de várias maneiras diferentes.

A comemoração de 25 anos não será possível este ano devido à Covid. Abaixo a foto que tiramos em 2019 no nosso evento de fim de ano.

Evento de final de ano de 2019

Uma das coisas que ajuda muito ao longo de qualquer jornada é você fazer o que gosta. Tenho isso em comum com o Henri, o gosto por mexer com sistemas e tecnologia. Juntamos isso com o gosto de atuar em Transportes e Logística. São 25 anos, mas como dizia meu pai, quem corre por gosto não se cansa. Que venham mais 25.

 

Nuno Figueiredo

Engenheiro Eletrônico formado pela Mauá, MBA em Gestão Empresarial pela FGV, é um dos fundadores da Signa, onde atua desde 95. Entre outros defeitos, jogou rúgbi na faculdade, pratica boxe e torce pelo Palmeiras.

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