Suicídio na infância e adolescência – Uma dor que nos iguala

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Signa

17 de set de 2019

· 3 min de leitura

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depressão
setembro amarelo
prevenção ao suicídio
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É difícil entender porque uma pessoa adulta recorre ao suicídio, principalmente quando horas ou poucos dias antes do ato cometido, não houve demonstração ou nenhum traço de tristeza, preocupação, depressão. Ficamos chocados, sem ação, buscando sinais, que de alguma forma tenham sido deixados pelo caminho e, na maioria das vezes, não encontramos nada!

É dolorido sentir e externar essa dor, porque a sensação é de que não haverá compreensão por parte do outro. A pessoa, ao se imaginar falando de seus sentimentos, acha que tudo aquilo não faz sentido, não é nada, é tudo bobagem e ninguém poderá entender o que se passa. É melhor calar-se, porque nem ela se entende.

Uma grande parte da população mundial sofre com transtornos mentais (depressão, bipolaridade, ansiedade, déficit de atenção, autismo, etc.), não sabe e prefere não buscar auxílio, por diversos motivos que não merecem julgamentos ou críticas, colocando em risco sua saúde mental, emocional e principalmente sua vida.

Se há dificuldades para percebermos traços de transtornos em adultos, pelo menos, no caso das crianças e adolescentes, seu comportamento e atitudes nos mostram indícios que algo não está bem. Agressividade, desesperança, impulsividade, sensação de culpa por qualquer coisa que aconteça, são alguns desses indícios.

Uma criança (a partir de 8 aos 12 anos) ou adolescente (12 aos 18 anos) passa por transformações naturais, que causam confusão emocional e, se unindo a isso, ela vive problemas de baixa auto estima, discussão com os pais, problemas escolares, mudanças drásticas na família, o risco de pensar e recorrer ao suicídio é grande.

Setembro Amarelo - Mês da prevenção ao suicídio

Precisamos olhar e admitir que aquela criança ou adolescente passa por um problema, uma tristeza e é doloroso para todos na família. Necessário ter coragem, buscar ajuda profissional (psicólogo e psiquiatra), entender que um transtorno mental ou emocional pode ser tratado como qualquer outro problema de saúde e, mais que isso, não há nada de vergonhoso nessa situação.

Vivemos num mundo onde a tecnologia impera, onde não nos falta informação e só precisamos filtrá-las para que não absorvamos conceitos e orientações duvidosas, erradas, que ao invés de nos ajudar, só nos prejudiquem. Vamos nos informar e nos preparar para evitarmos mais perdas, para evitarmos mais dor.

Dizem que quando uma mãe perde um filho, todas as mães, no mundo, perdem também. Acredito que não são apenas as mães. O ser humano ao redor do mundo, sente o impacto dessa dor e nesse momento somos todos iguais.

A seguir disponibilizamos o link do “Guia Intersetorial de Prevenção do Comportamento Suicida em Crianças e Adolescentes”, que orienta população, profissionais da educação, saúde, assistência social, segurança pública e conselho tutelar a amparar crianças e adolescentes nessa situação.

 

Denise Tucciarelli

Assistente comercial na Signa e alguém que acredita no ser humano.

 

Foto: Kat J

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