Três práticas adotadas por empresas inovadoras na busca por soluções

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Signa

03 de jul de 2019

· 5 min de leitura

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A discussão sobre como a tecnologia vem transformando a sociedade e impactando nossas relações com o mundo, as pessoas e as marcas está cada vez mais inflamada, e esse debate deixa clara a necessidade de encontrarmos maneiras de nos modernizarmos e revermos os papéis das marcas e da comunicação.

Nesse sentido, eu queria destacar três práticas de empresas inovadoras que podem inspirar as marcas a repensar seus processos de criação e solução de desafios de negócios, e ajudá-las a entrar no ritmo da evolução do nosso mercado.

1. CRIAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Trabalhar com um time multidisciplinar que reúna participantes com diferentes pontos de vista e perfis profissionais, pode ser a chave para um processo de criação muito mais rico e eficiente.

Já pensou em envolver desenvolvedores de tecnologia, cientistas de dados ou pesquisadores de um tema específico na hora de criar soluções para o seu negócio?

A empresa Killer Infographics, pensou. E colocou em prática com ótimos resultados, ao reunir designers, roteiristas de cinema e pesquisadores de neurociência com a missão de encontrar a melhor fórmula para contar histórias visuais.

Além de analisar a importância da informação visual para absorção de conteúdo (segundo as pesquisas apresentadas, informações visuais são captadas pelo cérebro 60.000 vezes mais rápido do que outras formas de comunicação), durante o estudo, a empresa conseguiu mapear as reações que cinco elementos narrativos provocam no cérebro, e a partir daí, criaram o modelo de arco narrativo visual.

Como o cérebro se conecta com as histórias?

Um outro ótimo exemplo de criação multidisciplinar vem do fabricante de produtos aeroespaciais Lockheed Martin. Eles mantêm conversas periódicas com diretores e roteiristas de cinema envolvidos em produções de ficção científica, em busca de inspiração para o desenvolvimento de novos componentes e equipamentos para a exploração espacial.

2. CRIAÇÃO COLABORATIVA

A inspiração para resolver um desafio de negócio ou de comunicação pode vir de qualquer lugar.

Escutar ou até mesmo pedir ajuda para uma audiência engajada pode trazer novas ideias ou soluções que ainda não haviam sido consideradas.

Vejam o caso da Lego. Ao buscar ideias para novos produtos, eles perceberam que seus fãs poderiam ajudar. Para aproveitar esse potencial, eles criaram a plataforma Lego Ideas, que convida consumidores do mundo inteiro a enviar e avaliar sugestões para novos sets. Os mais votados são produzidos e os autores, recompensados. O ciclo de produção e go-to-market desses produtos é mais rápido que dos demais, assim, eles conseguem aproveitar as oportunidades de mercado para temas como Tron Legacy ou Adventure Time.

E até a NASA já pediu ajuda à comunidade para resolver seus problemas de negócios. Sim, é verdade. Um exemplo dessa parceria entre a agência espacial norte-americana e o público foi o Space Poop Challenge.

Com as missões indo cada vez mais longe, é cada vez mais provável que os astronautas precisem ficar vestidos com seus trajes espaciais por longos períodos - como no caso de uma despressurização, por exemplo. O problema é que, com o equipamento existente hoje em dia, eles não podem usar o banheiro.

A NASA dividiu esse desafio com seus fãs por meio do site de crowdsourcing HeroX, e mais de 20 mil participantes enviaram projetos. O vencedor foi o Dr. Thatcher Cardon, que utilizou os princípios da laparoscopia no desenvolvimento de sua solução.

3. SAIR DA "BOLHA"

Olhar para fora pode ajudar a ampliar o seu leque de referências e trazer inspiração. Como outras indústrias estão resolvendo questões semelhantes à que enfrentamos?

Bem, a plataforma Artsy partiu da teoria de que levar compra e venda de obras de arte - que ainda seguem um modelo de negócios bastante tradicional – para digital poderia significar uma grande expansão para esse mercado.

Além de trabalhar para colocar diversas galerias no mercado online, a Artsy desenvolveu uma tecnologia capaz de prever artistas em ascensão. A partir da análise de dados públicos como exibições em galerias, resultados de leilões, exposições em museus e propriedade de colecionadores particulares, é feita uma avaliação da relevância cultural de um artista e o seu potencial de valor futuro.

Essa avaliação é cruzada com dados de preferências artísticas dos compradores da plataforma, unindo novos artistas e galerias a potenciais clientes.

“O mundo das artes é frequentemente descrito como elitista e segregador; esse é um mercado que continua relativamente obscuro e difícil de navegar. Sendo um cientista de dados que já trabalhou com questões relacionadas a predileções e tendências, explorei os porquês dessa dinâmica e o que o mercado de artes poderia aprender com outras indústrias cujo processo de decisão é baseado em dados.”

- Hugo Liu, Chief Scientist at Artsy

Já a ONG New Story tinha como desafio encontrar uma forma ágil e acessível de prover moradia para populações de países com baixos índices de desenvolvimento. Eles fizeram uma parceria com a empresa de robótica Icon para construir casas com uma impressora 3D. A primeira delas foi feita em Austin, em março desse ano, e sua construção levou menos de 24 horas com um custo de dez mil dólares. O projeto foi o vencedor do Accelerator Pitch Event do SXSW.

Esses exemplos mostram que para as marcas embarcarem no processo de inovação, é necessário que elas ampliem seu conceito de criatividade para além do universo da comunicação. Quando pessoas criativas de diferentes áreas se unem para atingir objetivos, as descobertas mais inesperadas acontecem.

Por que não começar agora?

 

Fonte: Think With Google

Autora: Cristiane Rojas
Business Manager, The Zoo

Nota da Signa:
A oportunidade de trazer convidados para escrever neste espaço não significa que a opinião externada seja a opinião da Signa, mas sim que, ao darmos voz a um expoente deste mercado para nos brindar com um pouco de seu conhecimento, nos permitir conhecer os assuntos por vários ângulos.

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