Qual expectativa das empresas do setor de logística com a Reforma Tributária?

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Marcos Tomaz

27 de out de 2023

· 2 min de leitura

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Um estudo realizado pela consultoria Ilos aponta que a reforma tributária em discussão no Congresso Nacional está prestes a provocar transformações significativas na malha logística do Brasil. Empresas de diversos segmentos, entrevistadas no estudo, antecipam que as novas regras levarão ao reposicionamento de seus centros de distribuição.

O ponto central da reforma tributária para o setor logístico é o fim da cobrança do ICMS na origem das mercadorias, caso não ocorram alterações substanciais no texto final da lei. A proposta visa cobrar impostos no destino das cargas e serviços, beneficiando estados com maior consumo, em detrimento daqueles que oferecem incentivos fiscais para atrair empresas e investimentos, como Minas Gerais, líder na chamada "guerra fiscal da logística."

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Leo Laranjeira, sócio-executivo da Ilos, argumenta que a transformação da malha logística não será imediata devido à rigidez das estruturas empresariais atuais, altos custos de investimento, contratos em vigor, dificuldade de encontrar instalações adequadas e questões relacionadas à mobilização da mão de obra. Espera-se uma transição gradual em direção a uma nova configuração tributária.

A tributação é um fator crucial na escolha da malha logística para 78% das empresas entrevistadas. Embora a versão final do texto ainda não esteja disponível, 56% das empresas iniciaram a análise dos possíveis impactos da reforma, enquanto 41% planejam fazê-lo em breve.

Além do reposicionamento dos centros de distribuição, a pesquisa identificou expectativas variadas em relação aos custos logísticos resultantes da reforma. Enquanto 41% das empresas esperam redução de custos, 30% preveem um aumento. Laranjeira acredita que a reforma tende a reduzir os custos logísticos, apesar das preocupações sobre aumento na carga tributária e preços dos combustíveis. Ele também destaca o possível incentivo à contratação de operadores logísticos terceirizados, caso o imposto se torne não cumulativo, tornando a terceirização mais econômica.

Fonte: Valor Econômico - Globo

Foto: Freepik

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