O Tal do Feedback

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Nuno Figueiredo

21 de jul de 2021

· 3 min de leitura

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O feedback é uma poderosa ferramenta para o autoconhecimento e aprimoramento no relacionamento pessoal e profissional. Ele é composto de duas vias: dar e receber feedback.

Apesar de ser simples na teoria, a prática é mais complexa: eu não conheço nenhum ser humano que goste de receber críticas e eu me incluo nesta categoria.

Nas empresas, é comum o feedback ser simplesmente uma bronca.

Quem dá muito feedback, sem receber nenhum, é taxado de arrogante, o dono da verdade. Solicitar e não dar feedback gera desconfiança: porque ele quer saber o que eu penso, se ele não fala nunca o que pensa?

Certamente a melhor posição é dar e receber feedback e estabelecer relacionamentos baseados em franqueza e confiança. Novamente a teoria é simples e a prática penosa, e como trilhar esse caminho é o segredo das pedras.

Não tenho estas respostas, não sou mais que um aprendiz empenhado, mas vou repartir um texto que acredito que contribua muito, que é a definição da crítica. Normalmente achamos que construtiva é a crítica que fazemos e pejorativa a que recebemos. Gostaria de dividir com vocês um texto que achei excelente e pertinente ao assunto, e que segue abaixo:

Críticas

Todos dizem que as críticas devem ser construtivas, mas poucos dizem como identificá-las. O que é uma crítica construtiva?

Crítica construtiva é aquela com as seguintes características:

  • - Despida de inveja, egoísmo, inconsequência e / ou interesses escusos;
  • - Feita de modo educado, gentil, amável e respeitando a dignidade da pessoa criticada;
  • - Feita de modo a agregar valor a alguém, isto é, indicando alguma falha que pode ser corrigida e, de preferência, com sugestões sobre como seria possível melhorar;

Outra forma indevida de crítica, é aquela que procura moldar a pessoa exatamente às nossas predileções. Às vezes uma pessoa tende a tratar a outra como uma espécie de fantoche ou ser teleguiado. Cada pessoa tem seu jeito, suas particularidades, que devem ser respeitadas. Até porque, como já disse o poeta, “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”. Eventuais mudanças podem até ser propostas por terceiros, mas devem pressupor a vontade e concordância do sujeito.

Ao tratar de críticas, devemos saber que as palavras e os gestos possuem uma enorme capacidade de magoar e machucar as pessoas. E as feridas na alma, no respeito e na consideração são muito mais dolorosas, e de cura muito mais difícil do que as feridas na carne. Portanto devemos ser muito prudentes e comedidos ao criticarmos alguém.

O texto acima é de autor desconhecido. Ele me lembra o que um colaborador da Signa sempre comenta: “quem bate esquece rápido, quem apanha nunca esquece”.

Na minha opinião o feedback é complexo, requer disciplina, autoconhecimento e uma busca incessante de sermos melhores como pessoas, para podermos nos relacionar melhor com os outros. Como diria um professor meu “Quem acha isto simples ou subestima ou não entende o problema”.

O autor deste texto adoraria receber o seu feedback construtivo.

Nuno Figueiredo

Engenheiro Eletrônico formado pela Mauá, MBA em Gestão Empresarial pela FGV, é um dos fundadores da Signa, onde atua desde 95. Entre outros defeitos, jogou rúgbi na faculdade, pratica boxe e torce pelo Palmeiras.

 

Foto: Freepik

 

 

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Ultimos comentários

Hélio

Ótimo texto.

Ronezio Fontes Spinosa

Ótima reflexão. No cotidiano profissional, as vezes ficamos tão focados no serviço que esquecemos esses detalhes.