Um Novo Brasil

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Nuno Figueiredo

28 de ago de 2009

· 3 min de leitura

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Um dado revelador. A soma do valor de mercado das empresas listadas nas 20 principais bolsas do mundo evoluiu de 33 trilhões de dólares em 2004 para 37 trilhões de dólares em 2009, segundo dados publicados pela Revista Exame.

Ao ler isto, o primeiro pensamento que me ocorre é que eu não consigo trazer para a minha realidade quanto é 37 trilhões! Interessante notar que o Brasil pulou, em cinco anos, da décima sexta posição para o décimo lugar. De uma forma geral os países emergentes cresceram e a China foi de quinto para o segundo lugar.

Parece ser uma boa idéia investir em ações e pegar uma carona nessa oportunidade, e ter uma pequeníssima participação nesse crescimento das empresas no longo prazo. A revista Valor 1000, publicada pelo Valor Econômico, permite um olhar mais detalhado sobre as mil maiores empresas do Brasil.

A milésima maior empresa do país faturou 230 milhões de reais (receita líquida). Este é o número para entrar nesta seleta lista. Uma curiosidade: o Oliver Seitz publicou um artigo onde conclui que o futebol não é um bom negócio, porque o time com a maior receita (bruta) do Brasil, o São Paulo Futebol Clube, faturou 158 milhões de reais em 2008, portanto, está longe de integrar a lista.

Olhando especificamente para o mercado de transportes e logística, eu contei 30 empresas neste seleto grupo. Aviso que retirei algumas que são concessionários e restringi a minha análise a quem opera o transporte, em seus vários modais.

Os líderes são, pela ordem que aparecem no ranking: no modal aéreo a TAM (posição 23), no ferroviário a MRS Logística (posição 93), no marítimo a Aliança Navegação e Logística (posição 126) e, finalmente, no rodoviário, a Júlio Simões (posição 200).

Neste ranking somente 277 empresas tiveram uma receita líquida superior a um bilhão de reais em 2008, número que também está bem fora do meu cotidiano, mas eu sei que este é bem menor que o trilhão acima.

Muito interessante a posição da Aliança, considerando que a cabotagem representa apenas 1% do volume total de carga transportada. Apenas para que possamos ter uma ordem de grandeza deste número, segundo o Carlos Lessa, temos hoje um custo logístico no Brasil na ordem de 13% do PIB.

Também chama a atenção o crescimento vertiginoso da Júlio Simões, que avançou da posição 281 para a posição 200 em um ano. Seu concorrente mais próximo está na posição de número 381!

O Brasil está crescendo e o mercado de transportes e logística pega uma carona nesse crescimento, com perspectivas animadoras para o futuro.

Mudando de assunto, registro que a Signa completou 14 anos de existência em 18 de agosto de 2009. Nesta trajetória, temos algumas histórias para contar e ainda muito por aprender, principalmente com os nossos clientes, como a Aliança e a Júlio Simões (acima citados), que representam para o nosso mercado um Brasil novo, que ainda está para ser exibido para o resto do mundo.

 

Nuno Figueiredo

Diretor Comercial
Signa Consultoria e Sistemas

Foto: Natanaelginting

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