O CT-e Sem Papel

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Nuno Figueiredo

23 de jan de 2009

· 2 min de leitura

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ct-e
tecnologia
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No final do século passado, quando iniciamos um projeto numa grande transportadora, numa reunião de apresentação, anunciamos que o novo sistema era numa nova tecnologia, 100% WEB e que a empresa, em suas várias unidades, iria emitir o conhecimento pela Internet, on-line e em tempo real. Houve alguma descrença e alguns comentários do tipo “só acredito vendo”. Quando isto se tornou uma realidade vieram demandas como: “podemos emitir direto no caminhão?”.

Imagine a seguinte operação: o veículo chega, neste momento o sistema está lendo a posição do rastreador e sabe que ele está no Embarcador da carga. As notas fiscais a serem transportadas foram enviadas de forma eletrônica. Como a viagem foi programada, são conhecidos os dados necessários: veículo, motorista e que tipo de operação está sendo efetuada.

Qualquer outra informação necessária pode ser dada pelo motorista através de macro, SMS, telefone, rádio ou sinal de fumaça.

Continuando a operação, o motorista dá o comando e o sistema processa a emissão do conhecimento eletrônico (CT-e) e o enviaria automaticamente para o SEFAZ. Em até 3 minutos o motorista recebe o retorno: o conhecimento foi aprovado e o DACTE (Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico) pode ser emitido.

O motorista sai com o veículo carregado e inicia a viagem. A questão passa a ser: Onde emitir o DACTE? Em qualquer lugar onde houver um computador conectado à Internet e uma impressora. Pode ser no embarcador, em um posto de gasolina ou outro local. Como a tecnologia evolui rapidamente, quem sabe um dia no próprio caminhão?

Ora, o que mudou? Agora a impressão é feita em papel em branco. Não há a necessidade de se carregar formulários préimpressos que, por lei só podem ser utilizados em unidades da empresa devidamente regularizadas. Ainda existe um papel. Na verdade, ele não é mais necessário, mas seria uma mudança muito grande e muito brusca. Esse papel pode ser extinto. Espera-se que isso ocorra um dia. As árvores e a eficiência agradecerão. Elucubrações a parte, a partir de 2009, esta realidade é possível e prática. Até ontem era possível, mas pouco prático. A realidade mudou, mas como temos muitos e fervorosos adeptos de São Tomé, é necessário mostrar para que muitos vejam e acreditem.

 

Nuno Figueiredo

Diretor Comercial
Signa Consultoria e Sistemas

Foto: Brandi Redd

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